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A incorporação de inibibores nos revestimentos orgânicos pode melhorar a proteção contra a corrosão. No entanto, a introdução de inibidor diretamente na matriz do polímero pode ter vários inconvenientes. Os inibidores podem influenciar o processo de polimerização, causando a deterioração das propriedades barreira do revestimento. A interação química dos inibidores com os constituintes dos revestimentos pode desativar a acção inibidora das espécies ativas. Este problema pode ser ultrapassado com o uso de nanoreservatórios. Os nanoreservatórios são estruturas nanométricas que podem armazenar agentes ativos e fornecê-los de uma maneira controlada. Vários tipos de nanocontentores foram produzidos. A libertação de inibidor dos nanoreservatórios é controlada por estímulos externos e à medida que é necessária, originando assim revestimentos “inteligentes”. Partículas de óxido e nanoestruturas porosas foram utilizadas como reservatórios para inibidores orgânicos de corrosão. Outros nanoreservatórios foram desenvolvidos, com paredes de polieletrólito formadas camada-a-camada (LBL), capazes de controlar o fornecimento de inibidor. A permeação da parede do polieletrólito depende de vários fatores. Por exemplo, as mudanças locais de pH nas zonas catódicas e anódicas do metal a corroer-se podem ter esse efeito. O inibidor libertado pode reagir com a superfície metálica, parando a propagação da corrosão e fornecendo um efeito de reparação que termina quando a corrosão da superfície cessa. Foram também estudadas nanopartículas de hidróxidos duplo em camada (LDH) dopados com iões inorgânicos (vanadatos, molibdatos ), em que o inibidor é desprendido por permuta iónica com um ião da solução. Resultados de caraterização destes nanoreservatórios, de mecanismos de libertação do inibidor e de proteção contra a corrosão serão apresentados.
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